terça-feira, 25 de setembro de 2007

Crise entre Brasil e Bolívia

No início de maio de 2006, o Brasil foi “surpreendido” pela decisão da Bolívia em estatizar o gás e o petróleo do país. A notícia foi divulgada dias depois do presidente Lula anunciar, em cadeia nacional, a auto-suficiência brasileira na produção de petróleo.
As aspas no parágrafo anterior se devem ao fato de que o partido de Evo Morales, Movimento ao Socialismo (MAS), sempre defendeu uma menor participação estrangeira na exploração dos recursos da Bolívia. Apesar das declarações dúbias do presidente Evo Morales sobre as relações com a transnacional brasileira, a decisão busca cumprir promessas de campanha e acabar com manifestações de descontentamento social que, em menos de dois anos, derrubaram dois chefes de Estado bolivianos.
Desde 1985, os presidentes bolivianos eram escolhidos em um segundo turno de eleições. Quando isso acontece a escolha passa a ser indireta. Evo Morales venceu com 52% dos votos (20 pontos à frente do segundo lugar) já no primeiro turno, em 18 de dezembro de 2005. Foi a primeira vez que um legítimo representante do povo indígena (60% dos bolivianos) se tornou presidente no país.
Morales já havia dado um susto nos 15% de brancos de origem hispânica que sempre detiveram o poder. Em 2002, ele foi para o segundo turno com Gonzalo Sanches de Lozada, um empresário minerador, educado nos EUA e conhecido como “O Gringo” por seu forte sotaque norte-americano. “O Gringo” ganhou. Mas o descontentamento ficou evidente quando, no ano seguinte, mais de cem pessoas morreram em dois levantes em La Paz. No primeiro protestava-se contra o projeto de um novo imposto sobre os salários de baixa renda. Já no segundo –que culminou com a renúncia de Lozada e a subida ao poder do vice-presidente Carlos Mesa– exigia-se a “nacionalização” dos combustíveis que estavam nas mãos das empresas de petróleo estrangeiras e a revogação de uma lei, promulgada por Lozada durante seu primeiro mandato (governou a Bolívia entre 1993 e 1997), que cedia a exploração das jazidas. Sem conseguir conter os protestos, Mesa também renunciou em junho de 2005.

2 comentários:

Gabrielle disse...

Oiiiii Ma, passei por aqui! rs
ve se aprende a adicionar links e me add ai, ta?!

Bjussss

*Gre* disse...

E aí May, estábem legal o seu blog viu Tchuca!!!!

Vamos ver se conseguimos trocar informações sobre a geopolítica do mundo e fechar o 3º ano do Ens. Médio com chave de outro!!!


Bjossss...